vai fiando o seu casulo. devagar. com paciência. gordo, grande e cheio de paciência. vai fiando. vai fiando. fica nisto o tempo que for preciso. e fia fia fia... a malha a ficar apertadinha. redondinha. e ele a ficar lá dentro. a desaparecer. sempre a fiar e a desaparecer. e a fiar até ao momento em que tudo pára. em que o casulo fica quieto. parado. sem sinais de vida. lá dentro há-de haver silêncio. sossego. solidão. mas transformação.
o que se passa ali dentro?
o movimento é invisível aos olhos. só aos olhos. porque em nós existe a expectactiva. a especulação de como tudo se move lá dentro.
algum tempo depois é-nos brindada a borboleta. e tudo começa outra vez.
que magia a vida!
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