19.10.11

hora de almoço


pousou a chávena e, depois de engolir o último gole de café e suspirar, disse com a voz embargada:
- nunca sabemos se o amor que demos era o amor que precisavam.
fez uma pausa.
- mas, também, não podemos dar mais amor do que aquele que sabemos, não é?
a resposta ficou naquele silêncio cúmplice do fim daquela hora de almoço.

17.10.11

conquistas

"- ai, eu não! credo! eu não consigo! ui! até me vêem as lágrimas aos olhos!
nem pensar!
" -
- dizia, com arrepio na voz, sempre que falavam nisso.


e eis que, assim, sem mais nem para quê, num fim de dia,
afinal consegue.

- e nem uma lágrima.

tornar-se-iam assim simples as suas conquistas?

músicas



que descubro depois de toda a gente.

11.10.11

os dias mais pequenos

os dias vão ficando mais pequeninos e o regresso a casa, feito já quase de noite, faz parecer que o dia acabou. ainda há bem pouco tempo, estas mesmas horas, a que os meus pés se encaminham para casa, pareciam ter pela frente tanto para viver. e é engraçado, como me esqueço sempre disto de ano para ano e há uma nostalgia que se repete sempre.
espero não me esquecer do que acontece [sempre] quando chega o momento da mudança da hora.