31.1.12

hora de almoço II

e então olhou para dentro de si e descobriu que lá, dentro de si, é que estava a solução - e sempre tinha estado. essa e todas as outras que teria de encontrar pela vida fora. daria provavelmente muito trabalho encontrar as mais difíceis porque estavam guardadas em sítios inimagináveis - o seu forte não era a organização e a arrumação. mas a certeza de que tudo estaria sempre ao seu dispor, deu-lhe o conforto de uma vida.

respirou fundo, deixou o banco de jardim e decidiu ir acabar o que tinha para fazer.

19.1.12

basta

nem sempre é fácil pôr um "basta" naquilo que nos magoa. naquilo que nos revolve as entranhas. e que achamos quase irrealizável. ou porque achamos que temos de falar de determinada maneira. ou porque não queremos magoar quem está à volta. ou porque não encontramos a hora certa em que a conjuntura seja favorável. ou porque achamos que vai acabar por se resolver. ou porque esperamos que sejam os outros a mudar a situação. ou porque temos medo. ou porque nos sentimos menos importantes ou impotentes. uma data de porques. e depois, um dia, sai-nos de rompante pela boca fora e já está. assim. sem termos dado importância à conjuntura, às palavras, ao tom, à hora. era só preciso dizer do mais fundo de nós aquilo que sentíamos e darmos espaço à nossa voz. darmo-nos esse espaço de liberdade. e podermos respirar livremente. e, sim, devemos respirar livremente quando uma batalha destas nasce dentro de nós e a conseguimos fazer saltar cá para fora, para defender a nossa integridade.

13.1.12

its the end of the world as we know it (and I feel fine)



não é fantástico?
ser o fim do mundo como o conhecemos?
e estar tudo bem?

9.1.12

à minha árvore


bem se vê que a parede estava velha. bem se vê que pedia restauro.
bem sei que nada dura para sempre.
mas podiam ter deixado a minha árvore preferida da rua.

8.1.12

o que vem na maré

"às vezes, não dizemos tudo o que se entrava na garganta.
falta volume na voz que faça maré e traga à areia o que nos move.
mas o oceano, que é vasto, das voltas que dá, trará sempre dum regresso, ou sopro, o que guarda."
(TdeF)

5.1.12

para 2012

beleza
música
dança
brilho luz
risco risos

saltos
palmas
gente espaço
engenho empenho

força coragem
liberdade
excelência
fogo paixão

(...)

alegria