ontem pensei muito no hélder.
pensei muito no privilégio que tive de crescer num movimento que sempre me falou de caminhos e de montanhas e de como esses caminhos e essas montanhas são a aventura e o deslumbre que devemos esperar da vida. de como levar os outros connosco por esses caminhos e por essas montanhas tornam os percursos mais ricos e por vezes menos duros. de como guardar os amigos que nos acompanham pela vida fora passo a passo sempre que subimos mais um pouco, viramos na cortada errada ou paramos tempo demais para descansar, nos dá um aconchego para além de toda a nossa explicação.
pensei muito no privilégio que tive de crescer entre tendas, poesia e música. de crescer em conjunto. de crescer a ter de pensar e sentir.
ontem pensei muito no hélder. pensei muito em como uma pessoa que acredita na humanidade, consegue criar formas de ficar nas pessoas e de tornar as pessoas mais pessoas, com tudo o que isso possa envolver de dureza e leveza dos caminhos.
caminhante não há caminho faz-se o caminho ao andar. não há festa sem os outros. os pássaros foram feitos para voar e voam. construindo a cidade dos homens. vale a pena a vida. creio num deus que saiba dançar. vai valer a pena ter amanhecido. não há longe nem distância. quem não sai de sua casa cria mil olhos para nada. quando chegares ao cimo da montanha, continua a subir. não é vergonha nenhuma ser feliz, mas é uma vergonha ser feliz sozinho. até que ganhei tamanho para voar mais alto que as torres das igrejas. não é de repente que as pessoas estão umas com as outras. de onde quer que venhamos, estamos todos aqui. é proibida a entrada a quem não andar espantado por existir. agora é tempo de andar; mais tarde chegaremos.
caminhante não há caminho faz-se o caminho ao andar. não há festa sem os outros. os pássaros foram feitos para voar e voam. construindo a cidade dos homens. vale a pena a vida. creio num deus que saiba dançar. vai valer a pena ter amanhecido. não há longe nem distância. quem não sai de sua casa cria mil olhos para nada. quando chegares ao cimo da montanha, continua a subir. não é vergonha nenhuma ser feliz, mas é uma vergonha ser feliz sozinho. até que ganhei tamanho para voar mais alto que as torres das igrejas. não é de repente que as pessoas estão umas com as outras. de onde quer que venhamos, estamos todos aqui. é proibida a entrada a quem não andar espantado por existir. agora é tempo de andar; mais tarde chegaremos.
que privilégio...
3 comentários:
Também me sinto priviligiada, não só por isso, mas também por isso. E porque isso me tem servido de muito em tudo o que faço.
Bjs de cumplicidade
obrigada por me relembrares tudo isto!
invejo a tua escrita. e ao ler isto sinto que a tua escrita amadureceu anos nos ultimos meses. parabéns amiga.estás no caminho para editar um livro! é só pores isso como prioridade e voas bem alto. um dia estarás para aí voltada.
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