2.9.12

diz... e então ela disse. não tenho palavras. e fez um silêncio. não tinha de facto palavras. o vento batia-lhe no corpo, mas era era um vento quente. o sol quase a pôr-se e o vento ainda quente. batia-lhe também o cansaço do dia e a expectativa do seu fim. nunca ousara deixar o dia tão em aberto. e, agora, ali sentada na esplanada, era o silêncio que lhe apetecia. ele acabou por ceder e acompanhar a sua falta de palavras. e era como se nesse instante todas elas se tivessem tornado inúteis e restasse apenas aquele fim de tarde entre os dois.

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