rebecca dautremer
31.5.12
29.5.12
yatra
yatra.
uma viagem maravilhosa,
em cena no teatro da malaposta.
uma viagem de riso emocionado.
tão simples.
tão fundo.
tão bonito.
yatra.
25.5.12
22.5.12
21.5.12
viagens
levam-me sempre a lugares novos.
dentro e fora de mim.
a lugares novos nunca conhecidos.
a lugares novos nos já conhecidos.
e por isso
são sempre
um encontro
são sempre
um encontro
e um reencontro
de muitos lugares.
como se todos os lugares existentes
dentro da minha vida
tivessem de se abrir e fechar
nascer e morrer
para tudo se reorganizar.
no que sei e no que sinto.
12.5.12
11.5.12
6.5.12
poesia nas conversas
enquanto cortávamos papel sem fim para o trabalho da semana seguinte, íamos conversando sobre a vida e sobre nós. de onde somos, de onde sentimos que somos.
E. - nós somos da terra para onde vamos trabalhar.
C. - mas a E. não se cansa de falar da terra e até os olhos brilham quando fala da sua horta.
E. - pois é... pois é...
(silêncio das tesouras a cortar)
E. - sabe, C., quando casei, tive de vir para Lisboa... e custou tanto. vir para o apartamento.
quando fechava as persianas, até parece que se fechava tudo em mim.
(silêncio e tesouras paradas)
E. - era mesmo isso...
4.5.12
2.5.12
1 de Maio
para além disto e disto, a imagem que me veio imediatamente à cabeça foi a que criei quando li o "ensaio sobre a cegueira". de repente, senti-me num país limite, num desespero desmedido, como se, de facto, estivéssemos à beira do fim do mundo, desprovidos das nossas capacidades humanas e incapazes de medir as nossas acções.
o que vale é que há sempre alguém que transforma estas más sensações em riso.
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