29.11.10



UM DIA ACERTO
DEFINITIVAMENTE
OS TEMPOS.

HOJE NÃO FOI O DIA.




28.11.10


com a quantidade de papel que gasto, rasgo, rascunho e deito fora espero estar de facto a contribuir para a reciclagem.


22.11.10

o mais importante é começar

dizia eu à J.
"o mais importante é começar, J. dar o primeiro passo. é o que custa mais. depois vai-se fazendo cada vez melhor e mais facilmente. sabe muito bem, depois. vais ver.
começa como sabes e pronto."


é um cliché, bem sei, mas às vezes é preciso repeti-lo para não nos deixarmos envolver pelo medo ou pela preguiça ou outros fantasmas que criamos à volta do que temos para fazer e de que não podemos [e no fundo nem queremos] fugir.
às vezes temos de nos obrigar a nós próprios a começar e a enfrentar os afazeres, mesmo que sem vontade nenhuma. às vezes não sabemos fazer, mas temos de [e no fundo queremos] fazer. e começa tudo por sair a ferros, com outros afazeres menos urgentes metidos pelo meio. com o corpo a ir fazer muitas coisas, mas a cabeça sempre a pensar no que está lá à nossa espera. e voltamos a obrigar-nos à concentração e lá fazemos.
quase uma luta connosco próprios.


e o prazer... o prazer chega depois. quando conseguimos. quando, etapa a etapa, vamos percebendo que fomos mais longe e que não valia a pena ter tido medo ou preguiça ou outros fantasmas e afazeres menos urgentes que nos fizeram [afinal] perder tempo.
o prazer chega quando [afinal] percebemos que temos tempo para tudo e ficamos maiores depois de dar o primeiro passo.

quando é preciso fazê-lo outra vez, até sorrimos ao medo ou à preguiça ou outros fantasmas e afazeres.

[pena é, às vezes, não encontrarmos textos eloquentes para dizer estas coisas.]

14.11.10

que tempos


sei lá que tempos são estes.
agitados por dentro e por fora.
cheios.
de encher a cabeça toda.
os dias todos.

justificando o silêncio das linhas.

preparam-se tempos de muito trabalho e investe-se na calma.

serões caseiros. fins de semana caseiros. tudo caseiro.
com papéis à frente e um mundo inteiro de palavras por escrever.

com a incerteza do tempo que fica entre mim e a próxima escrita.