30.6.08

fins de tarde

servem para aconchegarmos o dia.
para termos tempo de parar e pensar.
para revivermos o que já passou, saboreando ou deixando na beirinha do prato, e projectarmos o que queremos viver.
criam uma abertura para nos encontrarmos e nos falarmos.
muitas vezes, servem para termos ideias luminosas, curiosas, engenhosas.
servem para o silêncio e a contemplação.
os fins de tarde são imprescindíveis e devem ser tratados com bastante respeito e atenção.
desprezar um fim de tarde é um erro desmedido.
podemos até pensar que o recuperamos no dia seguinte, mas o que passou desprezado está já perdido e é irrecuperável.

os fins de tarde podem e devem ser vividos de diversas formas.
não há regras.
cada um constrói os seus próprios fins de tarde.
a única obrigatoriedade dos fins de tarde
é aproveitar para se
estar de bem com a vida.

21.6.08

"a pessoa de que vocês falam nem pareço ser eu. porque me fica tanto por fazer. sei que outros o poderão fazer, mas eu deixo por fazer. estou-vos muito agradecida pelas palavras."
Matilde Rosa Araújo, ontem, numa homenagem na SPA, ao fazer 87 anos.

18.6.08


estou aqui
já estava aqui
e vou estar aqui

às vezes vou ali
outras vezes acolá
saio
ando por aí


estou aqui a andar por aí



11.6.08

nos dias em que o cansaço nos vence, em que as nossas palavras saem atordoadas, quase mudas, em que parece que ninguém compreendeu as nossas intenções e definitivamente nos sentimos no sítio errado, comamos caracóis com os amigos e brindemos às nossas vitórias pessoais. digamos alguns palavrões para amainar as zangas, falemos da vitória de portugal e de como a metereologia é falível. lutemos para que o cansaço desapareça e a cabeça se sinta assim mais desanuviada.
há dias do caraças!